Parte 6: Gravação das Guitarras/Baixos -Nitro Sound Studio - Caxias do Sul/RS- 15/02/2010

Bom, pra esse último dia de gravação das guitas, o desafio seria grande: gravar, em no máximo umas 9 horas, os 20 pares de guita que ainda faltavam e dar uma consertada em alguns detalhes das gravações do dia anterior. Desde o início do dia eu sabia que nós não conseguiríamos fechar isso, mas queria tentar deixar pronta pelo menos as partes de guita do Edilson prontas, pra ele não precisar voltar à Caxias. Infelizmente, isso não foi possível, acho que a tensão atrapalhou um pouco, mas o fato é que saímos de Caxias do Sul com apenas metade do trabalho das guitas concluído, e ambos teremos que voltar pra concluir isto. Bom, nem tudo sai conforme o desejado sempre, e março está aí, serão mais 4 dias em estúdio, desta vez pra tentar finalizar a gravação de guitas, arranjos, solos, baixo e vozes. Muita coisa? A gente dá um jeito...

Parte 5: Gravação das Guitarras/Baixos -Nitro Sound Studio - Caxias do Sul/RS- 14/02/2010

Bom, a intenção era ter concluído os 10 primeiros pares de guita no dia anterior, pra reservar esse dia pro Felipe gravar os baixos, já que ele teria que ir embora no domingo ainda. Talvez pelo cansaço, a gente não conseguiu finalizar as guitas ontem, então começamos cedo hoje pra tentar concluir o mais cedo possível, pro Felipe ter tempo hábil pra gravar a sua parte. Por conta disso, cada hora que passava o clima ia ficando mais tenso, por medo de não dar tempo, então acabou que passou uns “amanhã a gente refaz, deixa assim pro Felipe poder gravar”. O Felipe tinha que pegar seu ônibus de volta às 22 horas, e era quase 17 horas quando ele começou a trabalhar. Com excessão de duas músicas, ele concluiu o trabalho dele, incluindo todos os tapping doidos que ele coloca nas músicas. Foi rápido até e ficamos mais tranqüilos de ter quase ficado bem pouca coisa pra trás da parte dele. Bom, se meu instrumento tivesse só quatro cordas, eu também faria nesse tempo!

Parte 4: Gravação das Guitarras/Baixos -Nitro Sound Studio - Caxias do Sul/RS- 13/02/2010

Realmente a gente confia muito no trabalho do Roger, pois viajar quase oito horas de bus pra ir gravar, neste dia 13, me pareceu uma loucura. Eu tava ansioso e dormi no máximo umas 3 horas durante a viagem. Chegando em Caxias do Sul, às 6 da matina, lá estava o Roger, o Felipe (baixo) e o Edilson (guita) me esperando. Já que nossa reserva no hotel era pra depois da uma da tarde, na falta de opção, fomos direto pro estúdio pra começar a trabalhar. Chegando lá, o Roger sempre gosta de dar um panorama do que pretende fazer, então, reuniãozinha básica e começa o trampo. A idéia é que cada guita grave três vezes a sua parte pra cada música, usando timbres diferentes. Pra dez músicas, são 30 pares de guitas a serem gravados. É bem interessante como é no estúdio que realmente os membros da banda começam a descobrir o que o outro faz nas músicas, e que nos ensaios e shows sempre passa despercebido. Muita discussão, muito “isso fecha” e “isso não ta fechando” e o trabalho vai fluindo. É a primeira vez do Edilson no estúdio e dá pra ver que ele ta nervoso, acabei gravando algumas partes mais complicadas pra ele. Uma noite mal dormida conta bastante nessa hora, e o máximo que a gente conseguiu fazer foi gravar até umas 3 da tarde (8 horas de gravação) e correr pro hotel pra tomar um banho e procurar algo pra comer. Detalhe do hotel é que janela do quarto não abre e a TV ta quebrada. Realmente eu deveria ter pedido o segundo hotel mais barato.

Parte 3: Gravação das Bateras - Studio Vortex - Joinville/SC - 02/11/2009

Pronto, o dia de stress começou. E bota stress nisso. Se não me falha a memória, começamos por alguns detalhes que haviam ficado aqui e acolá no meio de músicas. Detalhes esses complicados, e que, mesmo com duração de 10 ou 15 segundos, consumiram 40, 50 minutos de gravação. O Gilson começa a ficar nervoso e a se irritar, mas não há o que fazer, o negócio é respirar fundo. A “The Mountain”, tudo bem, eu admito, eu faço uns riffs doidos meio que “sem pé nem cabeça”, e quero que o Gilson coloque pratos nesses pés e cabeças que não existem, mas tudo bem, não tem problema, lá vou eu pra salinha passar calor pra tentar “reger” a orquestra de pratos, mostrando pro Gilson onde eles devem se encaixar. Foi um tempão nisso aí, mas o bom é que agora o Gilson definitivamente entendeu onde devem ficar os pratos. “Tortures” foi outro parto, pois a música possui umas partes rápidas bem compridas que dificultam a gravação. Acho que esses foram os “destaques” do dia, já que de resto tínhamos pra concluir somente alguns detalhes em músicas. Ah, de última hora a gente decidiu fazer um cover, então lá vou eu gravar a guia pro Gilson gravar a batera. Esse cover a gente passou uns 2 anos tocando, então saiu bem rapidinho até, simples assim. Qual música? Só conto depois do álbum lançado !

Parte 2: Gravação das Bateras - Studio Vortex - Joinville/SC - 01/11/2009

Acho que toda a ansiedade e tensão pela qual o músico passa no primeiro dia da gravação de um novo lançamento realmente atrapalha bastante, pois no segundo dia de gravações das bateras, parece que a coisa já começou fluindo melhor. Sem contar que toda a massante parte de se montar a bateria também só se faz uma vez. O calor não deu trégua e dava pena de ver o Gilson naquela salinha de 3x2m e de pé direito baixo, com uma lâmpada bem em cima da cabeça, mas de qualquer maneira, as coisas estavam saindo melhores. Tem músicas que realmente empacam, como é o caso da “Fear”, por exemplo, bem rápida e com as caixas marcadas em cima dos bumbos, como o Vader sabe fazer com tanta maestria. Acho que a “Fear “ a gente levou quase umas 2 horas pra fazer, e quase que desistimos dela pra pegar outras primeiro, mas depois de muita insistência, finalmente saiu. Este segundo dia de gravações foi o mais tranqüilo, já que já contávamos com algumas músicas concluídas, e, simplesmente estávamos deixando pra depois tudo que fosse muito complicado, visando tentar concluir o maior número de músicas possível. Depois de umas 9 ou 10 horas de trabalho é hora de descansar, e bastante, pois como sempre, o pior ficou pro final.